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Piauí, 09 de maio de 2025
Polícia

Cabeleireiro foi assassinado após atender rivais de líder de facção em Teresina, afirma DHPP

Rafael Silva, apontado como mandante do assassinato do cabeleireiro José Carlos, foi preso nesta segunda-feira (06).


Rafael Silva, apontado como mandante do assassinato do cabeleireiro José Carlos, foi preso nesta segunda-feira (06) por equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). José Carlos foi morto em março deste ano com disparos de arma de fogo.

No momento da prisão, Rafael usava tornozeleira eletrônica, pois já havia sido preso anteriormente por tráfico de drogas.

Ao Notícia da Manhã, o delegado Danúbio Dias, responsável pelo inquérito, informou que as investigações indicaram que a motivação do crime seria o fato de a vítima atender, em seu salão, rivais de Rafael. Ele já teria ameaçado José Carlos para que parasse de realizar os atendimentos.

“Esse indivíduo preso, nos últimos meses, assumiu uma posição de liderança em uma facção criminosa. A vítima começou a cortar o cabelo de membros de facções rivais e divulgar os cortes nas redes sociais. Há cerca de seis meses, ele chegou a ameaçar a vítima, dizendo que, se não parasse, seria assassinada. Por medo, o cabeleireiro chegou a fechar o salão, mas precisou retomar o trabalho, o que teria irritado o mandante”, explicou o delegado.

José Carlos foi baleado no dia 10 de março, dentro do seu salão no bairro Angelim, zona Sul de Teresina. Ele foi socorrido e permaneceu internado por três dias no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo o delegado, mensagens encontradas no celular de Rafael indicam que ele cobrou explicações dos executores após saber que a vítima havia sido levada com vida ao hospital. Ele também teria dado instruções antes da execução do crime.

O suspeito confessou ter ameaçado a vítima, mas nega ter enviado as mensagens encontradas pela polícia.

“Tivemos acesso a uma conversa telefônica em que o executor presta contas do crime para ele. Rafael soube que a vítima havia sobrevivido ao atentado, e o assassino explicou como havia agido, dizendo que atirou. Rafael deixa clara sua participação ao orientar como eles deveriam entrar, agir e onde a vítima estaria”, afirmou Danúbio Dias.

A polícia agora busca capturar dois executores do crime, que já foram identificados e têm mandados de prisão expedidos pela Justiça. A investigação também confirmou que José Carlos não tinha envolvimento com o crime organizado — ele apenas trabalhava como cabeleireiro em seu salão.

Fonte: Cidade Verde

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