O delegado Lucas Klinger, responsável pela Delegacia de Combate a Facções Criminosas, Homicídios e Tráfico de Drogas (DFHT) de Piripiri, participou do podcast R10Cast e falou sobre a diminuição da violência na cidade, destacando a redução expressiva no número de homicídios desde sua chegada em março de 2023.
Durante a conversa, Klinger apresentou dados sobre o trabalho desenvolvido pela polícia na região. Em 2022, Piripiri registrou 38 homicídios. Com a criação da DFHT e a intensificação das operações, o número caiu para 13 em 2023, representando uma redução de mais de 60%. O delegado enfatizou que esse trabalho é fruto de uma atuação conjunta entre as polícias Civil e Militar, com o apoio de reforços enviados de Teresina.
“Dos treze homicídios do ano passado, a gente conseguiu elucidar mais de 70%. Quando assumi a delegacia, em março, já tínhamos sete homicídios registrados. Com a implementação de novas estratégias e operações, conseguimos reduzir significativamente esses números”, destacou o delegado.
Além disso, Klinger explicou que o foco da delegacia em combater facções criminosas foi crucial para desmantelar estruturas organizadas que fomentavam a violência no município.
“Quando você lida com facções, é preciso identificar os criminosos, suas áreas de atuação e suas conexões. Com operações e prisões, você começa a desarticular essas organizações. Aqueles que não foram presos perceberam que o trabalho da polícia está sendo efetivo e se retraíram”, explicou.
O delegado também ressaltou a importância das “horas de ouro” nas investigações de homicídios, ou seja, as primeiras 72 horas após o crime, período crucial para coleta de evidências, como imagens de câmeras, testemunhos e vestígios no local.
Em 2024, até o momento, foram registrados 12 homicídios na cidade, e todos os casos concluídos tiveram autoria identificada.
“Nenhum homicídio deste ano foi concluído sem autoria. O trabalho direcionado e exclusivo da DFHT, focado em facções, tráficos e homicídios, é essencial para a elucidação dos crimes e para garantir que os responsáveis respondam por seus atos”, concluiu Klinger.