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Piauí, 20 de abril de 2025
Geral

Imposto zerado: veja quais alimentos vão ficar mais baratos

O objetivo do governo federal é tentar baratear o preço desses itens, que estão pressionados pela inflação.


Foto: Odu Mazza - stock.adobe.com/Adobe stock

Começa a valer nesta sexta-feira (14) o imposto zero para importação de alguns alimentos como carne, açúcar, milho e café.

O objetivo do governo federal é tentar baratear o preço desses itens, que estão pressionados pela inflação.

Nesta quinta (13), o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, aprovou, por unanimidade, a decisão de zerar o imposto de importação (veja lista abaixo).

A inflação dos alimentos é uma das principais preocupações do governo Lula no momento, porque tem um grande impacto em como a população enxerga a gestão.

Segundo especialistas, esse é um dos fatores que contribuem para a crise de popularidade que o presidente enfrenta atualmente.

Carne
Tarifa de importação atual: 
10,8%
Nova tarifa: 
0%

Café
Tarifa de importação atual: 
9%
Nova tarifa: 
0%

Açúcar
Tarifa de importação atual: 
14%
Nova tarifa: 
0%

Milho
Tarifa de importação atual: 
7,2%
Nova tarifa: 
0%

Azeite
Tarifa de importação atual: 
9%
Nova tarifa: 
0%

Óleo de girassol
Tarifa de importação atual: até 
9%
Nova tarifa: 
0%

Sardinha
Tarifa de importação atual: 
32%
Nova tarifa: 
0%

Biscoitos
Tarifa de importação atual: 
16,2%
Nova tarifa: 
0%

Massas alimentícias (macarrão)
Tarifa de importação atual: 
14,4%
Nova tarifa: 
0%

Impacto nos produtores nacionais

Alckmin foi questionado sobre o impacto das medidas nos produtores nacionais, que vão ter que lidar com um produto mais barato vindo de fora.

"Nós entendemos que não [vai prejudicar o produtor brasileiro]. Você tem períodos de preços mais altos, mais baixos. Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando", disse Alckmin.

Os alimentos que terão a alíquota zerada são importados em pouca quantidade pelo Brasil, segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. Por isso, a isenção não deve gerar grande perda ao governo.

"Vários desses produtos têm um nível de importação pequeno, exatamente porque eles têm uma tributação sobre a importação elevada. O objetivo dessas medidas é aumentar a competição, a competitividade e, portanto, reduzir preços internos", afirmou.

Ele ressaltou, no entanto, que as previsões de impacto financeiro, tanto para o governo quanto para os consumidores, ainda não estão concluídas.

Outras medidas

Também foram anunciadas pelo governo as seguintes medidas:

🔹 Aceleração do SISBI-POA

O governo pretende ampliar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que permite que produtos como leite, mel, ovos e carnes inspecionados em municípios e estados possam ser vendidos em todo o país.

➡️ A meta é passar de 1.550 registros para 3.000 no sistema, o que pode trazer mais competitividade e redução de custos no setor de proteína animal.

Com a mudança, os produtores de leite líquido, mel e ovos cadastrados nos sistemas municipais de inspeção poderão ser vendidos para todo o Brasil. Há possibilidade de que essa flexibilização também seja feita para outros produtos.

🔹 Fortalecimento dos estoques reguladores da Conab

O governo quer reforçar os estoques públicos de alimentos básicos para ajudar a segurar a alta de preços em momentos críticos, garantindo oferta e estabilidade.

🔹 Plano Safra com foco na cesta básica

Os financiamentos do Plano Safra devem priorizar a produção de itens que compõem a cesta básica, com mais estímulo para produtores rurais que abastecem o mercado interno.

Fonte: G1

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