Em agenda no Piauí para monitoramento das unidades penitenciárias do estado, e desenvolvimento de estratégias para o combate ao crime organizado, o coordenador do projeto de inovação da polícia penal federal, Cezar Demoldes, revelou em entrevista exclusiva ao Cidadeverde.com que o Ministério da Justiça trabalha para acabar com a presença de celulares dentro das unidades prisionais do Piauí. O órgão pretende enviar câmeras com inteligência artificial para auxiliar o sistema de segurança do estado.
A visita da instituição federal ao Piauí tem como objetivo desenvolver estratégias para combater o crime organizado com operações múltiplas para enfraquecer as organizações criminosas, tanto dentro quanto fora das unidades prisionais. Vinculado à Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) o órgão atua diretamente buscando a queda dos crimes violentos, homicídios e crimes correlacionados.
Demoldes fez uma avaliação do contexto penal no Piauí.
“Estamos hoje com o Estado do Piauí totalmente controlado em relação ao sistema penitenciário, uma crescente bastante significativa de diversas atividades, desde a segurança estabelecida pela excelente polícia penal que o estado tem, até a proposição de tratamento penitenciário, em especial para a educação e trabalho, isso muito em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Penais. Nós temos uma estreita relação e essas políticas públicas integradas entre a União e o Estado do Piauí estão gerando bons frutos aqui para o Estado, com a melhoria cada vez mais dos índices de segurança pública”, afirmou.
De acordo com o coordenador a meta é qualificar o trabalho dos policiais penais implementando o uso da inteligência artificial.
“O Piauí tem um recorte bastante interessante, o número bastante diminuído de equipamentos celulares ou objetos encontrados. A tendência é que em breve o Estado Piauí não encontre mais, não registre mais nenhum tipo de objeto celular, objeto ilícito do inteiro das unidades prisionais. Haja visto o bom trabalho que já é realizado hoje, junto com também a Senappen, com a doação, por exemplo, de câmeras de gravação, com inteligência artificial, o que cada vez mais qualifica o serviço da polícia penal e também não posso deixar de registrar a boa administração realizada hoje pelo coronel Carlos Augusto frente a Sejus”, concluiu.
Facções nas prisões
Cezar Demoldes ainda avaliou a atuação das facções dentro das penitenciárias estaduais e valorizou a integração das forças de segurança.
“O que eu posso adiantar é que infelizmente é um problema nacional e até transnacional. O Ministério da Justiça vem combatendo isso de maneira muito veemente. O Estado Piauí também está conosco nesse sentido e queria registrar que esse trabalho para contra as organizações criminosas é feito por várias forças de segurança. Então a polícia penal o realiza, a polícia civil, a polícia militar. Rodoviária federal, polícia federal, guarda civil, ou seja, todas as forças de segurança trabalham em simbiose com integração para atingir desde o aumento de integrantes a parte financeira dessas facções e assim cada vez mais enfraquecer até que a gente possa extinguir esse mal à sociedade brasileira”, finalizou.
Fonte: Cidade Verde
