O Piauí tem um dos menores tempos médios de espera por cirurgias eletivas do Brasil. Os dados do sistema Regula Piauí, da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), o tempo médio de espera por cirurgias eletivas na rede estadual chegou a 59,6 dias. O resultado representa uma redução de cerca de 87% em relação ao cenário de 2023, quando o período era de 464 dias, segundo dados da Diretoria de Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar (Dudoh) da Sesapi. O prazo supera até mesmo a meta estabelecida pelo Governo do Estado, que era de 60 dias.
O governador Rafael Fonteles atribui o avanço à priorização da saúde pública e à melhoria da gestão hospitalar. “Alocamos recursos para mais investimentos nos hospitais estaduais e também investimos na melhoria da eficiência da gestão de cada unidade, da capital e do interior. São 23 hospitais geridos pelo Governo do Estado que fazem cirurgias eletivas. Eram mais de 14 mil pacientes na fila de espera, hoje são pouco mais de 5 mil. O tempo médio era superior a 450 dias, agora é inferior a 60. Meta batida, o que significa mais cirurgias, menos tempo de espera, mais qualidade de vida para o povo do Piauí, que precisa dos hospitais estaduais que funcionam pelo SUS gratuitamente para a população, é o sonho de ver o SUS funcionando e funcionando bem. Saltamos para o triplo das cirurgias por ano, isso tem impacto direto na vida das pessoas”, afirmou o gestor.
A redução é resultado de planejamento técnico e da estruturação da rede hospitalar. Para o secretário da Saúde, Antônio Luiz Soares, o objetivo é diminuir ainda mais o tempo. “O governador nos deu as condições para modernizar os hospitais, adquirir equipamentos, convocar equipes e colocar tudo para funcionar. Desde que assumimos, conseguimos reduzir o tempo médio de espera de 404 dias para 59. Estamos trabalhando para que, até o fim do ano, nenhum hospital da rede estadual ultrapasse os 60 dias. Isso é fundamental para a população voltar a confiar no SUS e ter seus problemas resolvidos com agilidade”, disse o gestor.
A estratégia adotada pelo governo incluiu a reativação de centros cirúrgicos em municípios como Simplício Mendes e Elesbão Veloso, além de reformas em unidades hospitalares em diversas regiões do estado. Para Dirceu Campelo, superintendente de Gestão de Rede de Média e Alta Complexidade da Sesapi, a redução no tempo de espera tem impacto direto na qualidade de vida dos pacientes. “Com a descentralização, os pacientes precisaram se deslocar menos para hospitais da capital, tendo suas cirurgias realizadas cada vez mais próximas da população. A capacidade operacional da rede aumentou, mais cirurgias foram realizadas e o tempo de espera caiu em toda a rede estadual. Quanto antes as cirurgias são realizadas, melhor o prognóstico, isso reduz complicações, melhora os resultados e contribui para a saúde da população na totalidade”, reforça o gestor.
Entre os procedimentos mais realizados estão as cirurgias ginecológicas, como histerectomias, as cirurgias gerais, como correção de hérnias e retirada da vesícula biliar, além de cirurgias dermatológicas de menor porte. O Ministério da Saúde recomenda que pacientes aguardem até 120 dias por procedimentos eletivos. No Piauí, a meta é metade: 60 dias, e já foi atingida.
Até o final da atual gestão, o Governo do Piauí terá investido mais de R$ 600 milhões na área da saúde. Os recursos estão sendo aplicados em infraestrutura, equipamentos, tecnologia e ampliação de serviços, com foco na resolutividade e na eficiência do atendimento à população.
Fonte: pi.gov