A Câmara de Vereadores de Piripiri realizou na manhã desta quarta-feira, 18 de junho, uma sessão extraordinária para discutir a situação crítica do Açude Caldeirão. O encontro contou com a presença de representantes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), vereadores, o secretário municipal do Meio Ambiente e membros da população.
A principal preocupação gira em torno da intensa proliferação de plantas aquáticas como aguapés e algas, que têm comprometido a qualidade da água e o equilíbrio ambiental do açude. Técnicos da SEMARH informaram que amostras já foram encaminhadas para análise na Universidade Federal do Piauí (UFPI) para avaliar se há processo de eutrofização — excesso de nutrientes que favorece a multiplicação descontrolada dessas espécies.
Além do diagnóstico, a população cobrou ações práticas e urgentes. Durante o mês de maio, a Prefeitura de Piripiri, em parceria com o DNOCS, já havia iniciado a retirada de plantas aquáticas como forma emergencial de contenção do problema. Uma nova etapa dessa limpeza foi executada nos últimos dias, mas os participantes da sessão destacaram que ainda é preciso uma ação mais contínua e eficaz.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Sony Anderson, reforçou que a situação requer acompanhamento técnico constante e alertou para a necessidade de educação ambiental da comunidade, especialmente quanto ao descarte irregular de resíduos nas margens do açude.
Durante a audiência, os vereadores solicitaram ao DNOCS um plano de ação com cronograma detalhado para futuras intervenções, incluindo possíveis obras de dragagem e uso de barreiras ecológicas. A SEMARH, por sua vez, se comprometeu a divulgar até o início de julho os resultados das análises feitas na água.
A sessão também foi marcada pela ampla participação popular. Moradores expressaram preocupação com o abastecimento de água, saúde pública, preservação ambiental e o impacto no turismo local. As autoridades presentes concordaram com a importância da mobilização coletiva e prometeram manter a transparência nas decisões e medidas futuras.
A expectativa agora é que os próximos passos tragam soluções concretas para a recuperação e preservação do Açude Caldeirão, um dos maiores patrimônios naturais de Piripiri.