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Piauí, 14 de maio de 2025
Polícia

Casal é preso suspeito de espancar jovem até a morte após furto: 'Sessão de tortura', diz delegado

O delegado Jorge Terceiro explicou que a vítima era usuária de drogas e teria praticado um furto na região.


Um casal foi preso suspeito de participação na morte de Francisco José Oliveira, de 29 anos, junho de 2024, na Vila Jerusalém, na Zona Sul de Teresina. O crime ocorreu na residência dos suspeitos que, de acordo com a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), era usada para “julgamentos” do Tribunal do Crime.

O delegado Jorge Terceiro explicou que a vítima era usuária de drogas e teria praticado um furto na região. O crime, cometido em uma área dominada por uma facção criminosa, teria motivado a execução. O casal seria membro da facção e, após matar a vítima, jogou o corpo dentro de um grotão.

De acordo com o delegado, a vítima foi submetida a sessões de espancamento e tortura dentro do imóvel. “Ele foi morto mediante uma série de espancamentos e uma sessão de tortura. Membros de um grupo faccionado da área pegaram esse rapaz e o levaram para dentro de uma residência que seria uma boca de fumo, de propriedade dos dois indivíduos que foram presos hoje”, disse.

Ainda segundo o delegado, o imóvel já era conhecido da polícia por funcionar como ponto de tráfico. “Ela [a mulher] é proprietária do imóvel e o indivíduo foi espancado com autorização dela e do esposo, que se encontravam no local no momento dos fatos. Inclusive, os dois foram presos posteriormente por tráfico de drogas no mesmo imóvel. Além de servir ao tráfico, o local também era usado para ‘disciplinar’ indivíduos que praticavam atos não aceitos pela facção”, explicou.

O delegado informou ainda que o objetivo do grupo não era apenas punir a vítima, mas matá-la. “A intenção formal deles, com o tipo de situação em que foi encontrado o corpo, com o grau das lesões e tudo, era realmente matar. Era uma ‘disciplina’ que acabou em execução”, afirmou.

A investigação apontou o local do crime, os autores e reuniu provas suficientes para que a Justiça expedisse os mandados de prisão preventiva. “Demorou um pouco, haja vista que esse tipo de delito é difícil, por causa da ausência de testemunhas, mas com o tempo conseguimos juntar elementos suficientes para provar tanto o local como os responsáveis”, concluiu Jorge Terceiro.

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com

Fonte: CIDADE VERDE

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