Do período da Idade Média até o século XIX, acreditava-se que a masturbação era responsável por causar insanidade. O tabu em torno deste tema sempre foi grande e, por isso, durante muito tempo, a masturbação foi considerada ruim e pecaminosa.
Para evitar a masturbação, ao longo dos séculos, o homem criou diversos dispositivos que tinham o objetivo de impedir que uma pessoa pudesse se tocar intimamente.
Uma arte erótica encontrada em cavernas, criada há mais de 40.000 anos, já mostrava os sinais da masturbação. Embora o conceito de pornografia não existisse até a era vitoriana, historicamente, a masturbação foi considerada um símbolo de abundância. Os antigos sumérios, gregos e egípcios tinham uma atitude bastante relaxada com relação à prática da masturbação. O hábito só se tornou um tabu depois que o cristianismo se espalhou pelo mundo.
Ato pecaminoso
Em 1716, o teólogo holandês Balthasar Bekker escreveu "Onania”, ou o “hediondo pecado da autopoluição". Segundo o autor, quem praticava a masturbação desenvolvia problemas de estômago e pulmões, além de vômitos, paralisia, impotência, loucura, distúrbios oculares, perda de memória e até epilepsia. O escrito também era usado para vender um suposto remédio para a cura do desejo de se masturbar.
Deterioração física
Em determinado período da história, divulgou-se a notícia de que a masturbação causava deterioração física.
Doença
Os vitorianos achavam que havia uma doença chamada espermatorreia, evidenciada pela ansiedade, irritabilidade e emissões noturnas. A doença seria causada pela masturbação. O tratamento incluía o uso de anéis de metal no pênis.
Cintos de castidade para mulheres
Os vitorianos achavam que havia uma doença chamada espermatorreia, evidenciada pela ansiedade, irritabilidade e emissões noturnas. A doença seria causada pela masturbação. O tratamento incluía o uso de anéis de metal no pênis.
Cintos de castidade para mulheres
Os cintos de castidade tornaram-se amplamente usados no século XIX. Um modelo de cinto de castidade para homens foi patenteado em 1911.
Dispositivo de tortura
Um dispositivo conhecido como treliça espermática restringia o fluxo sanguíneo, mantinha o pênis preso e impossibilitava as ereções.
Vibrador
Os vitorianos acreditavam que as mulheres eram muito mais frágeis que os homens e que tinham comportamentos histéricos. A cura para a histeria seria repouso e zero esforço físico ou mental. Os problemas sexuais eram especialmente atribuídos à histeria. Para tratar os casos, os médicos massageavam as pacientes. Esse comportamento levou à invenção do vibrador mecânico para uso doméstico.
Tratamento para ninfomaníacos
No final dos anos 1800, massagens com água eram usadas para tratar a histeria, a hiperssexualidade, a falta de libido e até a infertilidade. Neste mesmo período, as mulheres recebiam péssimas informações sobre o sexo, com o objetivo de impedir que elas tivessem relações sexuais regulares antes do casamento.
Estigma
O abuso de pessoas doentes mentais foi desenfreado ao longo da história. Presos em asilos eram obrigados a usar dispositivos como cintos de castidade e espartilhos. O uso de choque elétrico, cauterização e até mesmo cirurgia genital sem analgésicos também era comum para evitar a masturbação.
Fraqueza moral
A sociedade ocidental já foi tão conservadora que exigia que os bolsos das calças dos meninos fossem feitos longe dos genitais. Além disso, nas escolas, as crianças não podiam cruzar as pernas e as meninas não podiam andar a cavalo ou andar de bicicleta. Qualquer ato considerado proibido era uma indicação de fraqueza moral.
Invenções dolorosas
Uma máquina anti-masturbação está em exibição no Museu de Máquinas Sexuais, localizado em Praga. Este dispositivo disparava um sino para acordar os pais sempre que um menino sentia um estímulo durante a noite. Outros dispositivos usavam choques elétricos para controlar ereções.
Legado vitoriano
Ainda hoje, muitas crianças são informadas de que seus corpos são pecaminosos e de que a masturbação causa problemas como cegueira e infertilidade. A circuncisão de crianças também é comum no mundo ocidental. Esses comportamentos são típicos legados vitorianos.
Fonte: Site de curiosidades