O urucum ou urucu, do tupi, uru'ku, que significa "vermelho", é uma fruta que cresce na árvore pertencente à espécie Bixa orellana. Nativo da América tropical, o urucueiro chega a atingir até seis metros de altura, apresentando folhas de cor verde-claro e flores rosadas, com frutos cujas sementes são de um vermelho bem vivo. Em Portugal, o urucum também é chamado de açafroa e colorau (este último, por lá, também é usado para se referir à páprica, um condimento em pó feito à base de pimentão).
Usos do urucum
As sementes do urucum são usadas tradicionalmente por índios brasileiros e peruanos como matéria-prima para tintas vermelhas, protetor solar, repelente e item religioso de agradecimento pelas colheitas e pesca. No Brasil, o urucum em pó é utilizado por não-indígenas como condimento para dar cor aos alimentos. Nesse formato ele é encontrado em feiras e mercados com o nome de "colorau".
Apesar de ser nativo das Américas, o uso e cultivo de urucum foram disseminados na Europa no século XVII; e hoje ele é mundialmente utilizado como corante para diversos fins, principalmente na indústria alimentícia. Estima-se que o urucum está presente em 70% dos corantes dos alimentos. Ele é uma alternativa natural ao corante artificial cancerígeno anilina e, por não ter sabor, pode ser em diversos alimentos.
1. É rico em antioxidantes
2. Tem propriedades antimicrobianas
Estudos realizados em tubos de ensaio mostraram que os extratos de urucum inibem o crescimento de várias bactérias, incluindo Staphylococcus aureus e Escherichia coli Outro estudo mostrou que o urucum matou vários fungos, incluindo Aspergillus niger, Neurospora sitophila e Rhizopus stolonifer. Além disso, a adição do urucum ao pão inibiu o crescimento de fungos. Um terceiro estudo constatou que rissoles feitos com urucum tiveram menos crescimento de micróbios do que aqueles que não continham.
3. Ajuda a combater o câncer
O extrato do urucum pode suprimir o crescimento de células cancerígenas e induzir a morte celular em células de câncer de próstata, pâncreas, fígado e pele, entre outros tipos de câncer
4. Faz bem para os olhos
O urucum é rico em carotenoides, que são substâncias que ajudam a promover a saúde ocular. Esses carotenoides são particularmente a bixina e a norbixina, que são encontradas na camada externa da semente (confira aqui estudo a respeito: 9). Em um estudo em animais, a suplementação com norbixina por três meses reduziu o acúmulo do composto N-retinilideno-N-retiniletanolamina (A2E), que foi associado à degeneração macular relacionada à idade. Essa doença é a principal causa de cegueira em adultos e pode se desenvolver com o uso da luz azul.
5. Faz bem para o coração
O urucum é uma boa fonte de compostos da família da vitamina E chamados tocotrienóis, que podem proteger contra problemas cardíacos relacionados à idade .
6. Pode reduzir inflamações
Vários estudos em tubo de ensaio indicam que os compostos do urucum podem reduzir numerosos marcadores de inflamação.
Segurança e efeitos colaterais
Em geral, o urucum parece ser seguro para a maioria das pessoas. Entretanto, algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas, especialmente se tiverem alergias a plantas da família Bixaceae.
Os sintomas da alergia ao urucum incluem coceira, inchaço, pressão arterial baixa, urticária, dor de estômago e sintomas da Síndrome do Intestino Irritável (SII)
Mulheres grávidas ou amamentando não devem consumi-lo em quantidades superiores às normalmente encontradas em alimentos, pois não há estudos suficientes sobre sua segurança nessas populações.