A crise financeira na AGESPISA tem se arrastado por anos e o atual governador do Piauí, Rafael Fonteles, está considerando a possibilidade de mudar a empresa. Em 2022 o então coordenador do PRÓ-PIAUÍ, fez grandes elogios a gestão do ex-presidente da AGESPISA, Genival Sales, que presidiu a empresa de 2017 a 2022, afirmando que a empresa havia retornado a boas condições financeiras. No entanto, apesar dos esforços realizados nos últimos anos, a empresa ainda enfrenta uma crise financeira herdada de muitos anos atrás.
A situação é crônica, com diversos gestores passando pelo órgão nos últimos anos. Em 2013, a empresa enfrentou vários problemas, incluindo a constante falta de água na capital, falhas no sistema de abastecimento, uma dívida bilionária e uma investigação da Polícia Federal sobre a qualidade da água distribuída à população de Teresina. Conforme o deputado João de Deus (PT), que convocou um seminário na Comissão de Infraestrutura e Política Econômica da Assembleia Legislativa para discutir a situação da companhia, a dívida da empresa somava R$ 1,2 bilhão em setembro daquele ano.
Em 2015, a situação financeira da AGESPISA continuava grave, com uma dívida que ultrapassava o valor de R$ 1 bilhão e uma despesa mensal de quase R$ 4 milhões com funcionários terceirizados, segundo informações do portal G1.
Em 2017, o então governador Wellington Dias nomeou como presidente, interinamente, o funcionário de carreira Genival Sales para amenizar a crítica situação da empresa. Um ano depois, após resultados positivos, Genival foi efetivado no cargo, onde ficou até 2022, quando pediu afastamento para concorrer às eleições. Em sua gestão realizou grandes obras em quase todos os municípios do estado e tirou do papel a implantação de esgotamento sanitário no estado, além de levar abastecimento de água para mais de 10 mil famílias.
Apesar disso, a crise financeira na AGESPISA ainda persiste e o atual governador do Piauí, Rafael Fonteles, está estudando a possibilidade de liquidar a empresa. Caso a medida de liquidação seja concretizada, representaria uma grande mudança na gestão do saneamento básico do estado. Diante dos problemas enfrentados pela AGESPISA ao longo dos anos, é necessário buscar soluções que garantam o saneamento básico à população do Piauí, mas que também garantam a saúde financeira da empresa.