O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva (PT), revelou na manhã desta quarta (09) que o retorno dos servidores exonerados do legislativo estadual não será automático, como especulado nos bastidores da Assembleia.
De acordo com o deputado, uma série de reuniões com os diretores de cada setor, deputados e coordenadores irá definir quais servidores serão readmitidos. Franzé negou ainda que as mudanças sejam por conotação “política” após o pleito eleitoral.
Ontem os trabalhadores foram pegos de surpresa com a decisão da mesa diretora que exonerou todos os servidores comissionados e de funções gratificadas da casa legislativa.
A medida tem efeitos partir de 01 de outubro e afeta todos os ocupantes de cargos em comissão de direção, símbolos PL-DIR e PL-S.DIR, de Assessoramento Superior, símbolo PL-DAS, de Assessoramento Parlamentar, símbolo PL-AP-C e de funções gratificadas, símbolo PL-DAI.
Franzé comentou a decisão.
“Fizemos, inicialmente, o recadastramento com servidores de livre nomeação. O que eu acho estranho é se fazer uma celeuma muito grande. São servidores que o poder pode nomear ou exonerar a qualquer momento. Esses servidores têm que ser bem aproveitados em suas funções. Nós, no primeiro ano, fizemos a aprovação da lei de cargos e salários, que não existia na Casa, para poder fazer a departamentalização. Nesse momento, nós tivemos que alocar todos os servidores comissionados e efetivos dentro de cada um dos seus departamentos, já que na época era uma só lotação, que era a mesa diretora, que era uma coisa que não era concebível dentro de uma gestão eficiente. E agora nós tivemos algumas orientações, fizemos as modificações do sistema de pagamento”, afirmou.
O presidente da Assembleia falou também sobre o objetivo de modernizar a gestão.
“Em dois anos, assumi aqui como compromisso, modernizar a casa no aspecto físico, com sistemas, tendo uma Casa que desse resultado, especialmente na área da eficiência e da transparência. E assim nós estamos fazendo. O processo agora de recolocação desses servidores dentro de uma nova orientação de gestão é uma necessidade de evolução. Acabamos de fazer chamamento de servidores efetivos. Então nós estamos realocando dentro de cada departamento, conversando com cada diretor, com cada gerente, para poder, nessa reta final da nossa gestão, deixar a casa mais organizada. O nosso foco aqui é ter modernização e transparência”, disse.
Sobre o possível retorno dos profissionais, Franzé foi incisivo e cobrou produtividade.
“Certamente, mas essas pessoas que não estão produzindo vão ser retiradas da folha. Nós queremos que o dinheiro público seja bem aplicado e a gente possa ter uma assembleia cada vez mais moderna. Estamos discutindo já há um mês com os diretores, com os chefes de departamentos, discutindo com a mesa diretora, discutindo com os parlamentares, porque aqui é uma casa política. E nós, enquanto presidentes, temos que ouvir a todos, mas sempre com o foco de ter a responsabilidade do nosso nome, do nosso CPF e da história que nós temos”, concluiu.