Maria Lauane Fontenele, de três anos, que foi transferida de Parnaíba para o Hospital de Urgência de Teresina com suspeita de envenenamento, morreu na madrugada desta segunda-feira (06). A informação foi confirmada pelo HUT. Até o momento, outras duas pessoas da mesma família já morreram após consumirem o primeiro almoço de 2025.
A menina chegou em Teresina, na última sexta-feira (03), numa aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU - Aéreo). Além dela, outra criança de quatro anos também foi transferida de Parnaíba para a Capital, de ambulância.
As duas meninas moram na casa onde pelo menos nove pessoas foram intoxicadas após consumir alimentos supostamente envenenados.
Segundo o médico, Rogério Medeiros, diretor técnico do HUT, a menina morreu por volta de 2h25 devido à falência de múltiplos órgãos. A outra criança, de quatro anos, que também foi transferida de Parnaíba para o HUT, em Teresina, segue internada na UTI pediátrica da unidade de saúde.
"A outra menina, de quatro anos, segue internada recebendo todos os atendimentos necessários na unidade de terapia intensiva. Ela está sendo monitorada constantemente, são observadas a função renal, cardíaca e neurológica e caso seja necessário outros especialistas também são chamados para avaliar a paciente", explicou.
O médico disse, ainda, que é cedo para precisar se a paciente, que segue viva no hospital, pode ter sequelas futuras.
"Isso é um resultado diário, não temos como prever a extensão dos danos e as sequelas. Isso vai depender da quantidade de veneno que foi ingerido, vai depender se realmente foi isso que ocasionou a internação. Vamos seguir investigando e analisando dia após dia.
Maria Lauane é filha de Francisca Maria Silva, 32 anos, que segue internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba. O estado dela é considerado grave, mas estável.
Francisca também é mãe do bebê, Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, que faleceu na última quinta-feira (02) e irmã de Manoel Leandro da Silva, 18 anos, que morreu logo após consumir o alimento intoxicado, no dia 1º de janeiro.
Um caso de envenenamento semelhante já aconteceu na família em 2024, quando Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, comeram cajus envenenados com chumbinho. À época, uma vizinha das crianças foi apontada como autora do envenenamento. Na casa dela a polícia encontrou substância compatível com a encontrada nos cajus. Revoltada a população queimou a residência da mulher. Ela foi presa e segue no sistema prisional à disposição da Justiça.
Fonte: CIDADE VERDE