A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (25), a revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O anúncio da revogação foi feita pelo presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos - PB) e surpreendeu o Governo. Dos 481 deputados votantes na Câmara, 383 votaram favoráveis ao projeto de revogação do aumento do IOF.
Vai para o Senado
Com a decisão, o texto segue agora para análise do Senado. O presidente, senador Davi Alcolumbre (União Brasil - AC), indicou que a medida entraria na pauta ainda nesta quarta (23). Caso os senadores também aprovem, o aumento do IOF em operações como crédito e câmbio será oficialmente enterrado. A votação ocorre em meio a um crescente mal-estar no Congresso com a equipe econômica de Fernando Haddad e com atrasos na liberação de emendas parlamentares. 📉
Sem aviso ao governo
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), surpreendeu ao incluir o tema na pauta de última hora, sem aviso prévio à base governista. A relatoria ficou a cargo do deputado oposicionista Coronel Chrisóstomo (PL-RO), o que acirrou os ânimos entre lideranças do governo e aliados. Nos bastidores, ministros classificaram a manobra como um “ataque frontal” à articulação política do Executivo. ⚖️
Justificativa de Motta
Motta, por outro lado, justificou que a votação reflete a insatisfação crescente do Congresso com o aumento de tributos. O deputado chegou a criticar publicamente as alternativas propostas pelo Ministério da Fazenda, mesmo após ter classificado um encontro com Fernando Haddad como “histórico”. Ele também alertou o Planalto sobre a repercussão negativa das medidas entre parlamentares e setores econômicos. 📣
Emendas
🏛️Além da questão tributária, o clima de insatisfação também tem origem no atraso no pagamento das emendas parlamentares e em recentes embates com o Supremo Tribunal Federal (STF). Deputados veem a votação como um recado político ao governo, diante da dificuldade de articulação e das pressões de suas bases eleitorais.
Medidas do governo
Nas horas seguintes à movimentação da Câmara, o governo iniciou uma operação de contenção, com ministros e lideranças tentando defender os decretos e explicando que o aumento do IOF seria necessário para evitar cortes e manter os serviços públicos. Ainda assim, a derrota escancarou a crise entre o Legislativo e o Executivo. (Com informações do G1)
Fonte: G1 Globo / Meio News
