Um homem identificado como Deivison José dos Santos Lima, de 37 anos, foi preso nesta terça-feira (15) na avenida João XXIII, na Zona Leste de Teresina. Segundo a Policia Civil, ele é suspeito de participar de um "racha", corrida automobilística em via pública, que resultou na morte de duas pessoas em março de 2018 na BR-343, entre as cidades de Altos e Campo Maior.
Segundo o diretor Fernando Aragão, da Diretoria de Operações de Trânsito (Dot), quatro dos cinco envolvidos respondem ao processo em liberdade, exceto Deivison. Ele não compareceu a nenhum chamado da Justiça desde o crime. Por isso, a juíza Daiane de Fátima Soares Fontan da 1ª Vara da Comarca de Campo Maior decidiu decretar a sua prisão preventiva.
Conforme o diretor Aragão, a prisão preventiva de Deivison foi decretada pela Justiça no dia 30 de agosto de 2024.
Ao todo cinco pessoas foram indiciados pelo crime de corrida ou disputa automobilística, previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com qualificação resultado morte, que tem pena de 5 a 10 anos, e respondem ao processo em liberdade.
O caso
De acordo com informações do posto da PRF em Campo Maior, os dois veículos seguiam no sentido Altos – Campo Maior quando colidiram sobre a ponte do Riacho do Povo, cerca de 10 km após a saída de Altos. Os dois automóveis ficaram completamente destruídos e chegaram a se incendiar após a colisão.
Um dos ocupantes do banco do passageiro, Pedro Barbosa de Carvalho Filho, morreu na hora. O motorista do New Beetle, João Alves Santana Neto, sobreviveu.
Já o motorista da BMW, José Agenor Igreja Segundo, foi atingido pelo carro que vinha atrás e não resistiu.
Um vídeo de uma câmera de segurança mostra que às 8h18 os veículos envolvidos no acidente entram e saem de quadro em três segundos. Para efeito de comparação, uma caminhonete ultrapassada pelos dois carros leva sete segundos também para entrar e sair do quadro mostrado pela câmera.
De acordo com as imagens, o painel do automóvel BMW travou marcando 220 km/h, e o veículo da marca Volkswagen marcou 182 km/h.
Fonte: Campo Maior em Foco.
